AEASMS participa de oficina na Uniso sobre Mapeamento Comunitário e Risco de Desastres

Com o objetivo de contribuir para avanços no debate sobre um tema atual e relevante referente nas áreas de atuação da Defesa Civil, a Associação de Engenheiros e Arquitetos Servidores Municipais de Sorocaba (AEASMS) é coorganizadora da Oficina Mapeamento Comunitário de Riscos de Desastres, prevista para o próximo dia 8 de novembro, na Universidade de Sorocaba (Uniso) – Campus Cidade Universitária (Km 92,5 da Rodovia Raposo Tavares).

São 50 vagas disponíveis e as inscrições deverão ser feitas pelo site da universidade. Organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Processos Tecnológicos e Ambientais da Uniso e professores do Curso de Engenharia Civil, a oficina terá como instrutor o engenheiro civil Ayri Saraiva Rando.

Doutorando pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é pesquisador nas áreas de Recursos Hídricos, Energéticos e Ambientais, docente permanente da Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Piracicaba e atuação em empresas, organizações não governamentais e instituições públicas relacionadas ao desenvolvimento ambiental.

Para o diretor administrativo da AEASMS, Mário Sérgio Killian, professor do curso de Engenharia Civil da Uniso, “as universidades, pela história do ensino e pesquisa, construção de valores acadêmicos, humanos e civilizatórios, funcionam como ferramenta para a educação e compreensão, criando-se assim uma cultura de defesa civil e resiliência das comunidades”.

Segundo relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNISDR) e peloo Centro de Pesquisas de Epidemiologia em Desastres (Cred), o Brasil está entre os dez países em que mais ocorrem desastres naturais no mundo. Somente entre 1995 e 2015, foram registradas mais de 23 mil catástrofes naturais no país, sendo a estiagem e a seca as principais causas.

No último dia 13 de outubro, ocorreu a celebração internacional para o Dia Internacional para Redução de Desastres. Trata-se de uma data implementada pela UNISDR) da Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1989, este chamado da Assembleia-Geral das Nações Unidas visa promover uma cultura global em torno da importância da redução de desastres.

O Marco de Sendai foi adotado na Terceira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Redução do Risco de Desastres, em Sendai, no Japão, em 18 de março de 2015, com o objetivo de reduzir, até 2030, o número de pessoas atingidas em desastres.

A Defesa Civil surgiu em função de grandes problemas que se avolumaram depois das guerras. No Estado de São Paulo, foi criada em 1976. Em Sorocaba, seguindo a tendência da época, foi implementado o Sistema Municipal de Defesa Civil e sua estrutura. Em 2007, foram criados os Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs), formados por voluntários cadastrados e treinados para colaborar com o poder público.

Na legislação atual, o Governo Federal, por meio da Lei n.º 12.608/2012, institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), entendendo ser dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre.

Respaldando-se na respectiva Lei, compete a municipalidade, entre outras atividades, incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal, identificar e mapear as áreas de risco, promover a fiscalização das áreas de risco e vedar novas ocupações; vistoriar edificações e áreas de risco e promover a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis; estimular a participação de entidades privadas, associações de voluntários, clubes de serviços, organizações não governamentais e associações de classe e comunitárias.

“Esta oficina pretende colaborar para estimular e disseminar conhecimentos técnicos para toda a comunidade regional, pois desastres precisam ser compreendidos com uma visão muito mais abrangente, já que envolve custos, mortes e sofrimento, através de secas, queimadas, acidentes etc. e a percepção pela comunidade é essencial nesse processo”, completa o engenheiro Mário Killian, opinião corroborada pela diretoria da AEASMS e outros patrocinadores e organizadores do evento.

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