A arborização é um assunto que merece muita atenção quando se trata de planejamento urbano. Isso porque são necessários diversos estudos para entender como a vegetação impacta diretamente na vida das pessoas, incluindo a participação de profissionais multidisciplinares na formação de biomas e nos estudos da qualidade ambiental e aspectos ecológicos, sociais, históricos, culturais, estéticos e paisagísticos da interação entre as cidades, a vegetação e suas populações. Com a intenção de se aprofundar no tema e discutir possibilidades de mitigar os efeitos extremos da crise climática, o Crea-SP realiza o 2° Fórum de Arborização Urbana: Florestas Urbanas e Mudanças Climáticas, na próxima sexta-feira (12/06), no coworking da Sede Angélica, na capital. As inscrições são gratuitas e já estão abertas.
A motivação está justamente no fato de que as árvores trazem muitos benefícios. Melhoram a qualidade do ar, devido à captura de gás carbônico (CO2) da atmosfera; retêm material particulado e purificam o ar; além de auxiliar na diminuição da temperatura, ao absorver os raios solares e refrescar o entorno com a água transpirada pelas suas folhas.
Ainda assim, arborizar não é tão simples quanto parece, pois existem alguns problemas provocados pela ação humana e que geram entraves na gestão do tema. São eles: solo compactado ou alterado, com a presença de entulhos; deficiência de água e nutrientes; temperaturas modificadas; poluição do ar; radiação solar alterada (sombreamento); espaço reduzido para as raízes e para a copa; podas drásticas (mutilação da árvore); danos mecânicos (por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco, e outros) e o vandalismo. “O olhar técnico do Crea-SP é uma ferramenta importante para mudar essa realidade. Temos 370 mil profissionais da área tecnológica à disposição do poder público para que possamos construir soluções efetivas, avançando em estratégias sustentáveis e em qualidade de vida”, declarou a presidente do Conselho, Eng. Lígia Mackey, sobre a criação de soluções para as florestas urbanas.
A segunda edição do Fórum é exemplo disso. O evento está dividido em três painéis de discussão que têm o objetivo de integrar os diferentes públicos (profissionais, gestores e sociedade) no propósito comum de preservação e conservação da flora urbana. Para isso, o Crea-SP convidou alguns especialistas que vão tratar desse assunto. Confira:
- Cenário atual das florestas urbanas e mudanças climáticas
Aline A. Cavalar (mediadora) – Especialista em análise de carboidratos solúveis e estruturais;
Demóstenes Ferreira da Silva Filho – Professor livre docente da Universidade de São Paulo (USP), atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura Urbana;
José Renato Nalini – Secretário executivo de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo;
Henrique Lima – Especialista em arborização urbana e segurança do trabalho, inspetor do Crea-SP.
- Os desafios da Engenharia na formação de florestas urbanas
Eng. Ftal. Evandra Bussolo Barbin (mediadora) – Fundadora da empresa Florescer Agroambiental e representante paulista na Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF) do Confea;
Eng. Ftal. Pedro de Almeida Salles – Especialista em processos de regularização ambiental;
Eng. Ftal. Antônio José Figueiredo Moreira – Especialista em silvicultura tropical.
- Arborização urbana e políticas públicas
Eng. Ftal. Isabela Guardia (mediadora) – Gerente na Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Mogi Mirim;
Eng. Agr. José Walter Figueiredo Silva – Especialista em floresta urbana e gestão ambiental. Trabalha com gravimetria de resíduos domésticos;
André Luiz Fernando Simas – Biólogo, especialista ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de SP (SEMIL). Fonte: Crea-SP