O ministro da Educação, Camilo Santana, homologou nesta quinta-feira (10/7) as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de arquitetura e urbanismo. A assinatura foi feita em Brasília, durante solenidade com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
As novas diretrizes atualizam o documento em vigor e reforçam a exigência de formação presencial em atividades essenciais da graduação, como ateliês de projeto, laboratórios, estágio supervisionado, extensão e Trabalho Final de Graduação (TFG). Com isso, cursos exclusivamente a distância passam a ser vedados. “A homologação das novas diretrizes curriculares é uma vitória histórica. Moderniza o curso e reafirma o papel do arquiteto e urbanista em temas urgentes como a crise climática”, afirma o ministro Camilo Santana.
A presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden, celebrou a homologação após quase uma década de articulações. “Estamos comemorando essa vitória histórica depois de anos de debate e sucessivas atualizações do texto. No ano passado, conseguimos construir uma versão de consenso, que hoje foi oficialmente assinada. Essas diretrizes vão nortear e renovar o olhar sobre a formação em arquitetura e urbanismo no Brasil”, frisou.
Durante o encontro, Patrícia Sarquis Herden também entregou aos ministros convites para a Conferência Internacional CAU 2025, que será realizada de 4 a 6 de setembro, em Brasília. O evento reunirá autoridades do governo federal, profissionais e especialistas da arquitetura nacional e internacional.
Para o conselheiro federal Fábio Müller, coordenador da Comissão de Ensino e Formação (CEF) do CAU/BR, a homologação marca uma virada no ensino da profissão. “Foi um trabalho coletivo, amadurecido ao longo de anos, que eleva a formação em arquitetura e urbanismo a um novo patamar. O ensino está na base de uma atuação qualificada e essa diretriz é um marco para a profissão”, menciona.
O presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), entidade integrante do CEAU-CAU/BR, Carlos Eduardo Nunes Ferreira (Cadu), destacou o impacto das mudanças. “Avançamos quase 20 anos em relação ao que previa a diretriz anterior. Questões como mudanças climáticas, inovações tecnológicas, direito à cidade e assistência técnica em habitação de interesse social agora fazem parte da formação. É um avanço que deve ser comemorado por professores e estudantes em todo o país, disse.
Também presentes representantes da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), representada pela ex-presidente Eleonora Mascia, e da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), por Luciana Schenk. Fonte: CAU-SP.