A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), proponente da homenagem, abriu o evento ressaltando que arquitetos e urbanistas são fundamentais para o enfrentamento das desigualdades urbanas e para a promoção da cidadania. “Esses profissionais constroem cidades que acolhem, que incluem e que defendem direitos”, afirmou.
Solenidade em Homenagem ao Dia do Arquiteto e Urbanista
A presidente do CAU Brasil, Patrícia Sarkis Herden, reforçou a necessidade de políticas públicas permanentes para fortalecer o planejamento urbano e defendeu que a arquitetura e o urbanismo sejam reconhecidos como carreira de Estado. “O país forma arquitetos e urbanistas em instituições públicas e gratuitas, mas ainda carece da presença desses profissionais em grande parte dos municípios brasileiros”, destacou.
Durante a solenidade, o coordenador da Comissão Ordinária de Organização e Administração (COA) do CAU/BR, José Jefferson de Sousa, sublinhou a relação entre urbanismo e justiça social. Segundo ele, “não há justiça social sem planejamento urbano e não há dignidade sem moradia adequada”, ressaltando o papel estratégico da arquitetura na redução das desigualdades.
A coordenadora da Comissão de Exercício Profissional (CEP) do CAU/BR, conselheira federal Lana Jubé, celebrou o papel fundamental dos arquitetos, urbanistas e paisagistas na construção de um Brasil mais justo, democrático e sustentável. Ela destacou a dimensão ética e ambiental da profissão e lembrou experiências em estados atingidos por enchentes. “Nosso trabalho vai além de construir cidades bonitas; construímos cidades que oferecem abrigo, reduzem desigualdades e respeitam o meio ambiente. A arquitetura é uma ação política e ética que transforma a vida das pessoas”, afirmou.
O conselheiro federal Carlos Eduardo Pedone defendeu a transformação da arquitetura e urbanismo em carreira de Estado para garantir a presença desses profissionais em todos os municípios brasileiros. “Nossa missão é colocar essas capacidades a serviço das pessoas e garantir que cada cidade tenha profissionais preparados para construir cidades mais justas e inclusivas”, declarou.
O deputado Eduardo Velloso (União-AC) destacou a centralidade da arquitetura para a cidadania. “Arquitetos e urbanistas nos ensinam a ‘ver’ a cidade de forma transformadora. Eles planejam espaços que promovem saúde, bem-estar e dignidade, muito além da estética”, afirmou. Ele também lembrou que cidades bem planejadas promovem segurança aos idosos, autonomia às pessoas com deficiência e acesso universal a serviços essenciais, como saúde e educação.
Representando a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR, Tito Carvalho enfatizou o papel dos arquitetos diante de desafios contemporâneos, como a crise climática, e a importância da educação de qualidade na formação profissional. Ele também mencionou a pauta da paz debatida na conferência internacional FOC, que reuniu 15 países. Durante sua fala, leu trechos da “Carta pela Paz”, manifesto no qual arquitetos defendem cidades mais humanas, equilibradas ambientalmente e comprometidas com a segurança física, mental e cultural das populações, especialmente em regiões em conflito.
A conselheira federal Terezinha Melo reforçou o compromisso social da profissão. “A arquitetura exige dedicação, ética e responsabilidade. Transformamos vidas todos os dias, muitas vezes sem o reconhecimento que a profissão merece. Nosso compromisso é com cada cidadão e cada território que ajudamos a construir”, afirmou.
Também estiveram presentes conselheiros federais do CAU/BR, entre eles Carlos Lucas Mali, Graciete Guerra da Costa, José Akel, Leila Marques, além dos suplentes Loris Brantes e Henrique Lins, que representaram diferentes comissões do Conselho, e o presidente do CAU/DF, Ricardo Meira. A participação do colegiado reforçou a articulação nacional da categoria e o compromisso da autarquia com a construção de políticas públicas que priorizem planejamento urbano, equidade e desenvolvimento sustentável. Fonte: CAU-BR
