A prática em concursos públicos de arquitetura e urbanismo foi um dos temas debatidos durante a Conferência Internacional CAU 2025, realizada entre 4 e 6 de setembro, em Brasília. A mesa “Prática em Concursos Públicos de Arquitetura” contou com a participação da conselheira federal Luciana Schenk, além dos arquitetos e urbanistas Emerson Vidigal e Thiago Andrade.
Durante a palestra, a conselheira federal Luciana Schenk, integrante da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) e da Federação Internacional de Arquitetos da Paisagem (IFLA), lembrou que seu escritório nasceu da vitória em um concurso nacional. Schenk também apresentou referências históricas, citando Frederick Law Olmsted, autor do Central Park, como inspiração em sua trajetória acadêmica e profissional.
O arquiteto Emerson Vidigal, do Estúdio 41, apresentou uma reflexão crítica sobre a realidade dos concursos públicos de arquitetura e urbanismo no Brasil. Vidigal relatou experiências em que o escritório venceu concursos, mas viu os projetos não saírem do papel. Um exemplo foi o Centro de Convenções de Cabo Frio, cujo contrato não chegou a ser assinado. “Esse é um concurso que a gente venceu, nos pagaram o prêmio, mas o contrato não foi assinado. Então esse projeto não foi desenvolvido. Isso acontece muito no Brasil”, contou.
O arquiteto e urbanista Thiago Andrade destacou que a contratação por meio de concurso deve ser abordada como política pública de longo prazo, justamente para evitar desperdícios e fortalecer a cultura da boa arquitetura. Ele lembrou que, em países europeus, concursos são realizados de forma cotidiana, muitas vezes com a participação de apenas três ou quatro equipes, o que torna os processos mais razoáveis e eficazes. Fonte: CAU-BR.
A palestra completa dos especialistas já está disponível no YouTube: