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Resistente, flexível e regenerável: novo gel pode revolucionar a engenharia

Você já viu aquelas bolinhas de gel que, quando colocadas na água, se expandem e ficam macias e maleáveis? Engenheiros da Universidade da Carolina do Norte (NCSU), nos Estados Unidos, criaram um material bem parecido, combinando propriedades de polímeros vítreos – materiais rígidos, mas frágeis – e géis. Os pesquisadores criaram um “gel vítreo”, material que combina as propriedades de polímeros vítreos – muito rígidos – e géis – maleáveis e elásticos. O novo material não evapora e, quando esticado, pode alcançar até cinco vezes seu comprimento original sem quebrar.
O gel é altamente adesivo, condutor de eletricidade e, além de se regenerar, pode voltar à sua forma inicial com a aplicação de calor. O material é feito com precursores líquidos de polímeros vítreos e um líquido iônico despejados em um molde e expostos à luz UV. Um estudo sobre o tema foi publicado na revista Nature.

Gel vítreo é extremamente resistente e flexível. (Imagem: Meixiang Wang/NCSU)

Como explica a equipe em um comunicado, o novo “gel vítreo” não evapora e pode ser esticado para alcançar até cinco vezes seu comprimento original sem quebrar. Depois, basta aplicar calor para fazer com que retorne à sua forma inicial. O material também é altamente adesivo e conduz eletricidade com mais eficiência do que plásticos comuns.

Equipe estuda aplicações

Como explica a equipe em um artigo publicado na revista Nature, para criar o gel, foram combinados precursores líquidos de polímeros vítreos e um líquido iônico – que atua como um solvente e confere ao material propriedades como resistência, elasticidade e regeneração. Depois, a mistura foi colocada em um molde e exposta à luz ultravioleta. A criação de géis vítreos é um processo simples que pode ser feito curando-os em qualquer tipo de molde ou imprimindo-os em 3D.

A maioria dos plásticos com propriedades mecânicas semelhantes exige que os fabricantes criem polímeros como matéria-prima e depois transportem esse polímero para outra instalação onde o polímero é derretido e transformado no produto final”, diz Michael Dickey, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores devem continuar explorando o gel vítreo e suas possíveis aplicações. “Estamos animados para ver como os géis vítreos podem ser usados ​​e estamos abertos a trabalhar com colaboradores na identificação de aplicações para esses materiais”, completa Dickey. Fonte: https://olhardigital.com.br

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