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5G e a democratização da tecnologia

Agilidade de conexão, facilidade de comunicação e infinitas possibilidades para o desenvolvimento de produtos e serviços. A nova geração de internet 5G ainda nem chegou de fato, mas prevê uma série de retornos positivos para a sociedade e os negócios, especialmente na área tecnológica. Com a implantação da rede no Brasil, a expectativa é que a velocidade de transmissão seja até 100 vezes maior que a média atual do 4G no país, indica relatório do Opensignal, plataforma independente de apuração de dados móveis globais.

Quando se fala em tecnologia, é natural a ligação com as Engenharias, Agronomia e Geociências. Afinal, são essas áreas as principais responsáveis pelos processos de transformação digital e inovação. A entrada do 5G acelera esse processo, beneficiando também o setor. Veja exemplos disso na lista a seguir:

· Engenharia 4.0

Realidade virtual, big data, telepresença, realidade aumentada, Internet das Coisas (IoT), machine learning e robótica são algumas das características dessa fase totalmente digitalizada da área. Na Engenharia 4.0, as soluções são criadas para integrar as transformações tecnológicas ao dia a dia de empresas, indústrias e pessoas. Isso tudo só é possível devido ao aumento da latência proporcionado pelo 5G, ou seja, o tempo de acionamento e resposta é reduzido, otimizando a comunicação dos atores envolvidos, evitando interrupções, ampliando conexões e carregando informações em alta velocidade.

· Produção rural

A digitalização que tem alcançado o agronegócio brasileiro se concretiza na Agricultura 4.0 com a entrada do 5G. Isso quer dizer que pequenos, médios e grandes produtores passam a contar com novos recursos digitais para o planejamento de safras e, consequentemente, melhor aproveitamento da terra. Trata-se de maquinários automatizados e gerenciados à distância, drones para monitoramento de lavouras e inteligências de identificação e controle de pragas graças ao alcance ampliado dos dados móveis que, atualmente, não chega às regiões longínquas.

· Eficiência energética

A rede 5G também visa o uso sustentável dos recursos naturais. A eficiência energética dessa tecnologia promete ser 90% mais alta que a do 4G. Hoje, no entanto, a quinta geração de dados móveis ainda consome mais do que sua antecessora. O desafio para os profissionais de Telecomunicações e Energia é desenvolver alternativas baseadas em fontes renováveis e dispositivos inteligentes que possam suspender o consumo energético quando não houver transmissão de dados.

· Cidades inteligentes

A apropriação do 5G pelos mercados é algo natural, mas as demandas sociais também podem ser olhadas a partir dessa tecnologia. Mobilidade, segurança, acessibilidade, inclusão, gestão de resíduos e sustentabilidade são algumas das frentes que utilizam soluções inteligentes para a melhor qualidade de vida da população. Exemplos: semáforos sonoros e sensores táteis nas calçadas para deficientes visuais; iluminação LED e câmeras de monitoramento com inteligência artificial que identificam atitudes suspeitas e acionam equipes de segurança ou forças policiais; casas conectadas em rede para acionamento de equipamentos por voz ou dispositivos; veículos de zero emissão de gases e conectados em tempo real a aplicativos para que o usuário saiba o momento em que pode pegar o transporte público; e muito mais. Iniciativas como essas nascem da criatividade inovadora de técnicas de engenheiros, agrônomos e geocientistas para atender às necessidades populacionais em um contexto em que cada vez mais pessoas migram para os centros urbanos em busca de melhores condições de vida.

· Construção civil

A proposta de canteiros inteligentes tem foco no aumento de produtividade e redução de custos. É a conectividade do 5G que permite uma melhor interação entre os responsáveis pelas obras e a equipe de trabalhadores in loco. As informações podem ser disponibilizadas em nuvem para acesso ilimitado e compartilhamento simultâneo, agilizando a tomada de decisão e o tempo de resposta.

· Saúde

Especialistas falam sobre a realização de procedimentos por telemedicina e cirurgias remotas, utilizando robôs e inteligências artificiais comandadas por equipes médicas à distância. O avanço dessa ciência depende do fornecimento de tecnologias voltadas para os equipamentos de saúde, que devem ser pensadas desde a planta, integrando a conectividade como recurso.

Essas são apenas algumas das inúmeras ações desenvolvidas e debatidas entre os profissionais da área tecnológica que devem ser impulsionadas com a chegada do 5G, uma vez que essa arquitetura de rede tem sido testada no Brasil desde 2021. A previsão é que a nova geração de dados móveis esteja em funcionamento a partir de 31 de julho deste ano, de acordo com o Ministério das Comunicações. Em janeiro, segundo a pasta, 12 capitais brasileiras já estavam aptas a receber a tecnologia.

Fonte: Crea-SP

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