Em um país de dimensões continentais, manter o fluxo aéreo coordenado e as aeronaves em perfeito funcionamento para atendimento à população e à indústria não é tarefa fácil. Só de aeroportos e aeródromos são cerca de 2,5 mil em todo o Brasil, espaços onde o trabalho da área tecnológica é extremamente estratégico. Afinal, são estruturas de grandes proporções que impactam diretamente a segurança dos profissionais em atuação, passageiros e habitantes do entorno. “São muitas as atividades de engenharia dentro dos aeroportos. Da projeção e construção do local, que depende da Engenharia Civil e de Agrimensura, até a contínua manutenção de tubulações, cabos, conexões e equipamentos, que envolvem conhecimentos de Engenharia Elétrica, Mecânica, Hídrica, de Operação, entre tantas outras. Além de, é claro, a própria Engenharia Aeronáutica”, afirma a superintendente de Fiscalização do Crea-SP, Eng. Maria Edith dos Santos.
Esses engenheiros estão presentes no acompanhamento da pavimentação das pistas, que devem estar sempre em condições ideais para pousos e decolagens, manutenção de para-raios, elevadores, sistemas de refrigeração etc. “É preciso estar regularizado e em dia com o Conselho para atuar em projetos, obras e serviços em aeroportos e aeródromos, conforme exige a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, explica o Eng. Luiz Gustavo Maion, chefe da Unidade do Crea-SP em Jundiaí.
A operação aeroportuária depende ainda das áreas de Telecomunicações e Elétrica, que são necessárias para as ligações das torres e centrais de comando e monitoramento, com seus sistemas de comunicação, computadores de bordo, bússolas, painéis eletrônicos e alarmes, por exemplo, liderando toda a gestão das aeronaves em solo e em voo, com apoio do controle de tráfego aéreo e da Engenharia de Segurança do Trabalho, que direciona os aviões através dos padrões de sinalização e lida com os cuidados no abastecimento e logística de segurança interna e externa.
Fora isso, os estudos de Engenharia Ambiental avaliam pássaros e outros animais que precisam ser mantidos afastados do raio de alcance para evitar quaisquer problemas e as consequências ambientais, como os índices de emissão de gases de efeito estufa, a geração de resíduos e a reparação de possíveis desmatamentos para a construção dos aeroportos, exercício aliado ao dos meteorologistas, que observam as condições climáticas e realizam previsões para garantir rotas aéreas mais seguras.
Em relação às aeronaves, as empresas e profissionais prestadores de serviços se voltam para a manutenção de linha e realizam inspeções preventivas e corretivas de modo geral, como em turbinas, motores e hélices e reparos estruturais em células e componentes, podendo haver a substituição de componentes controlados, caso das rodas, peças móveis do trem de pouso e superfícies de comando, e de componentes de motor. E ainda a pesagem e balanceamento dos aviões.
A fiscalização do Conselho acompanha as atividades técnicas em todos os ramos de atuação, no intuito de comprovar o exercício ético e assegurar o pleno funcionamento. “Nada no aeroporto pode falhar, pois um acidente pode colocar em risco a vida de muitas pessoas”, argumenta a superintendente.
“Ter o Crea-SP acompanhando esses processos é importante para quem atua também. Estamos sempre de portas abertas para comprovar que as empresas estão regularizadas e devidamente credenciadas, com responsáveis técnicos em todas as atividades”, acrescenta o Eng. Aeron. Luiz Gustavo Costa Cintra, profissional do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro de Jundiaí.
Por dentro dos aeroportos
Recentemente, o Crea-SP lançou nova campanha institucional que tem como objetivo evidenciar as diferentes atribuições das Engenharias, Agronomia e Geociências no dia a dia da sociedade. “Por dentro de tudo que você imaginar” mostra o trabalho da área tecnológica por trás de produtos e serviços, acompanhando também, em um de seus episódios, a rotina da fiscalização do Conselho em aeroportos. Assista aqui.
Fonte: Crea-SP