A meta era de 10%. O índice representa redução de mais de 260 litros por segundo e seria suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 100 mil habitantes, por dia. Os dados foram divulgados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). As informações compreendem o período entre 17 de janeiro, quando foi implementado o rodízio, e ontem (24), data do término da etapa inicial.
Na fase que se inicia hoje, a meta é alcançar economia de 20%, ou 400 litros por segundo, que daria para abastecer um município de 170 mil habitantes, por dia. Atualmente, o porcentual está seis pontos abaixo do objetivo. O Saae informou que a água acumulada por meio do racionamento ficará retida na represa de Itupararanga. O objetivo é usar a quantidade “estocada” para recuperar o nível necessário para enfrentamento da estiagem.
O revezamento no abastecimento ocorre em todas as regiões da cidade. Os bairros foram divididos em quatro grupos e, desde a semana passada, recebem água de forma distribuída e intercalada. Portanto, os períodos com e sem fornecimento são alternados. Isto é, diariamente, há uma região sem água.
Até ontem (23), o rodízio durava seis horas, das 22h às 5h. Mas, de hoje (24) até o dia 25 de fevereiro, a interrupção passa a ser de 12 horas, das 18h às 6h. Depois, a água será liberada por 84 horas (esquema 12h/84h). A expectativa do Saae é manter a medida apenas até 25 de fevereiro. Posteriormente, avaliará se a estenderá ou suspenderá.
Níveis dos mananciais
Segundo o Saae, as chuvas registradas recentemente ajudaram a aliviar os níveis dos reservatórios que abastecem a cidade. Os sistemas Ferraz/Castelinho e Ipaneminha operam, atualmente, com 100% da capacidade.
O nível de Itupararanga, responsável por abastecer 85% do município, também subiu. “Nos quatro primeiros dias (do rodízio), foi acumulado o volume de 80.400 metros cúbicos em Itupararanga”, detalha. Conforme a autarquia, apesar de os mananciais estarem em situação de recuperação dos seus níveis, a crise hídrica continua. “A quantidade ainda não é suficiente para conferir a segurança hídrica adequada”, informou.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul