CAU-SP: arquiteta Camila Moreno de Camargo é a nova presidente

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CAU-SP: arquiteta Camila Moreno de Camargo é a nova presidente

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP), terá comando feminino pelos próximos três anos. A arquiteta e urbanista Camila Moreno de Camargo foi a vencedora do processo eleitoral para presidir o órgão que congrega profissionais de arquitetura e urbanismo no Estado de São Paulo. Ela terá como vice-presidente a também arquiteta e urbanista Andreia de Almeida Ortolani. Camila foi eleita pelo voto direto dos conselheiros para comandar a entidade durante o triênio 2024-2026.
Como presidente, Camargo terá entre suas responsabilidades cumprir e fazer cumprir a legislação federal, as resoluções, os atos normativos e as deliberações plenárias baixados pelo CAU-BR, o Regimento Geral do CAU e o Regimento Interno do CAU/SP; cumprir e fazer cumprir os atos baixados pelo CAU-SP.

Camargo e Ortolani foram eleitas na 1ª Reunião Plenária Ordinária do CAU-SP, realizada na última quinta-feira na capital paulista. Foi a primeira reunião plenária do ano e da nova gestão, que reúne o colegiado de conselheiros(as) eleito em outubro de 2023, e que reflete as novas exigências da sociedade brasileira quanto às questões de diversidade e representatividade. Elas sucedem nos respectivos cargos a Catherine Otondo e Poliana Risso (gestão 2021-2023), a primeira dupla de presidente e vice-presidente mulheres do CAU-SP.

Camila Camargo é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Metodista (Unimep) de Piracicaba (SP), com Mestrado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP, 2010) e Doutorado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU-USP, 2016); Pós-Doc, (IAU-USP, 2022); É docente no IAU-USP, tendo atuado em outras instituições de ensino superior e em gestões públicas no interior paulista.

Foi conselheira titular do CAU-SP na gestão 2021/23, quando coordenou a Comissão de Ética e Disciplina (CED-CAU-SP). Também foi membro do Conselho Diretor do CAU-SP e da Comissão de ATHIS (CATHIS-CAU-SP).

Andreia Ortolani, a primeira vice-presidente do CAU-SP autodeclarada como “pessoa parda, preta ou indígena”, também foi conselheira titular na gestão 2021/2023. É funcionária pública na Prefeitura de Bauru, é Pós-graduada Lato sensu em Design de Interiores em “Ambientação e Produção do Espaço” pelo IPOG.

Na mesma reunião Ordinária foram indicados os novos integrantes das comissões ordinárias, com seus respectivos(as) coordenadores(as) e coordenadores(as) adjuntos.
Em uma sociedade mais exigente no que se refere à representatividade dos seus diversos grupos sociais, o colegiado de conselheiros e conselheiras que vai dirigir o CAU-SP até 2026 reflete um grupo diverso no que se refere a gênero, etnia e da inclusão de pessoas com deficiência.
Conforme a autodeclaração no registro eleitoral dos candidatos a conselheiros, 9 dos 77 conselheiros titulares para o triênio 2024-2026 se identificaram como “pessoas pardas, pretas ou indígenas”; outros cinco conselheiros titulares se declararam como “pessoas LGBTQIA+”; e cinco titulares se registraram como “pessoas com deficiência (PCD)”.
Não foi possível mapear os dados relativos aos candidatos à suplência. A predominância do gênero feminino foi mantida na composição do novo colegiado. São 49 vagas ocupadas por arquitetas e urbanistas, ou 64% das cadeiras ocupadas por titulares, de acordo com autodeclaração neste gênero.

Equilíbrio entre conselheiros de primeiro mandato e reeleitos

O novo Plenário (considerando também os suplentes)  revela um mix equilibrado de novos profissionais e de reeleitos. Quase metade (48% dos conselheiros eleitos) já cumpriu pelo menos um mandato no CAU/SP, seja como titular ou suplente. Destaca-se o fato de que as quatro gestões anteriores (2012-2014, 2015-2017, 2018-2020, e 2021-2023) estão todas representadas. Também é um Plenário diverso geograficamente. Embora 52 dos conselheiros eleitos declare a capital como local de trabalho/residência, há conselheiros de outras 51 cidades do interior e do litoral.

O perfil do novo Plenário do CAU/SP deriva diretamente das alterações no regulamento eleitoral, que incorporou as mudanças de pensamento da sociedade brasileira, com novas exigências para a formação das chapas de candidatos(as) a conselheiros(as). Para formar as listas de candidatos, as chapas precisaram cumprir com pelo menos um dos seguintes critérios de representatividade (Art. 46-A):

I – mulheres; II – pessoas pardas, pretas ou indígenas; III – pessoas LGBTQIA+;  IV – pessoas com deficiência (PCD); V – pessoas com até 10 (dez) anos de formação; VI – pessoas com formação e/ou atuação no interior do estado. A presença das questões de diversidade e representatividade é um compromisso permanente do CAU/SP.

Em 2022, por exemplo, o Conselho foi um dos signatários, junto com o CAU/BR e vários outros CAU/UF, da “Carta pela Equidade e Diversidade no cotidiano e no Conselho da Arquitetura e Urbanismo”, com um elenco de prioridades, entre elas, revisar os normativos do CAU para incluir questões de gênero.

E, a partir deste ano, a Comissão de Políticas Afirmativas (CPAF) ganha uma cadeira permanente na estrutura do Conselho, promovida à comissão ordinária, com a finalidade, entre outras, de “propor, apreciar e deliberar sobre ações de difusão e capacitação das políticas afirmativas às comissões, órgãos colegiados e a estrutura organizacional do CAU/SP”.

Fonte: CAU-SP

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