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Da prancheta ao digital: a fascinante evolução dos desenhos de engenharia

Já imaginou como seria a Engenharia sem os desenhos de engenharia técnicos e os croquis? Difícil de pensar, não é? Desde os primórdios, profissões como a Engenharia sempre dependeram de representações gráficas, seja em forma de desenhos, esboços, ou até rabiscos. No passado, sem as tecnologias que temos hoje, essa tarefa exigia muito mais tempo, esforço e equipes maiores.
Os desenhos acompanham o ser humano desde a pré-história, quando nossos ancestrais começaram a pintar nas paredes das cavernas. Mas foi por volta de 3000 a.C., com os antigos egípcios, que surgiram os primeiros desenhos técnicos, graças ao domínio da Geometria — essencial para a construção das pirâmides e outros monumentos.
Outras civilizações, como os gregos, também contribuíram para o desenvolvimento dos desenhos técnicos. A partir do século V a.C., eles expandiram o conhecimento em Matemática, criando técnicas de construções geométricas que seriam aplicadas em várias áreas. Sem a Geometria e a Matemática, seria impossível alcançar a precisão necessária para os desenhos de engenharia.
Leonardo da Vinci, uma das mentes mais brilhantes da Renascença, também foi pioneiro nos desenhos técnicos. Suas ilustrações ricas em detalhes mostravam diferentes perspectivas dos objetos e eram fundamentais para que ele demonstrasse suas invenções. Com o passar dos séculos, as técnicas evoluíram junto com o avanço do conhecimento humano.

Imagem de Leonardo Da Vinci via Wikipédia

A evolução do papel e os desenhos de engenharia

No século XIX, o papel para desenho técnico era feito por máquinas e geralmente possuía cor amarela clara, tendo cânhamo ou outras fibras para aumentar sua resistência e, geralmente, revestido nas bordas com tecido ou fita. Nessa época, as cópias eram realizadas pelo processo de cianotipo ou cópia heliográfica.
Conseguem imaginar o quão trabalhoso era para realizar estas cópias em meados de 1850?
Já em 1870, inventaram outro método, o hectógrafo, uma atualização e aprimoramento do processo de cópias. E em 1900, tintas e lápis com cores estavam à venda e isso facilitou e enriqueceu os desenhos técnicos. Não faz tanto tempo que mudou a forma de realizar os desenhos, talvez você já até ouviu algum engenheiro mais velho comentar que os desenhos eram realizados em grandes mesas e muita paciência.

Engenheiro DesenhandoImagens reproduzida de Arquiteto Expert

Realmente, era muito diferente, já que o trabalho era 100% manual e a necessidade de entregar o projeto a tempo fazia com que diversos engenheiros e desenhistas trabalhassem em salas com mesas enormes por uma grande quantidade de tempo. Com o avanço da tecnologia, o desenvolvimento dos desenhos técnicos mudou drasticamente.
Hoje, o uso de softwares como AutoCAD e Civil 3D da Autodesk trouxe enorme produtividade e precisão ao processo. Esses programas permitem criar representações detalhadas em 2D e 3D. Além disso, o BIM (Building Information Modeling) revolucionou a Engenharia ao permitir modelagens até em 10D, integrando informações detalhadas sobre construções e facilitando a gestão de projetos.

desenhos de engenhariaImagem de Alena Darmel em Pexels

O futuro dos desenhos técnicos na engenharia

O homem sempre esteve ligado a avanços e invenções e, graças aos desenhos, pode expressar graficamente ideias e cálculos. Ao passar dos séculos, vimos a evolução dos desenhos que ocorreu do papel para o computador e dos desenhos em 2D para os 3D, podendo expressar de forma gráfica toda a ideia, seja ela de uma máquina ou de um edifício. A história da Engenharia é marcada por inovações, e os desenhos técnicos desempenham um papel crucial para transformar ideias em realidade. Com a evolução dos croquis nas cavernas até as modelagens BIM, a Engenharia mostra que sempre há espaço para avanços. E você, acha que qual será o próximo passo para os desenhos técnicos? Texpo publicado originalmente pelo portal: https://engenharia360.com

 


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