Em Sorocaba preço da cesta básica dispara em em fevereiro

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Em Sorocaba preço da cesta básica dispara em em fevereiro

A cesta básica sorocabana atingiu em fevereiro sua maior alta anual – 34,06% – desde que começou a ser apurada mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso (Universidade de Sorocaba) em 1995. Se em fevereiro/2020, antes da pandemia, custava R$ 679,35, o mês passado com a alta recorde em quase trinta ano de pesquisa já estava valendo R$ 910,73 –  ou seja, R$ 231,38 pagos a mais pelo consumidor.

Como recorda o professor Lincoln Diogo Lima, coordenador da pesquisa dentro do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso, o valor da cesta básica iniciou o ano de 2021, na realidade, custando R$ 872,01, registrando, assim, queda em relação ao mês anterior (dezembro/2020) e interrompendo a trajetória de forte alta verificada nos últimos cinco meses do ano passado. “Porém, no mês de fevereiro voltou a registrar essa forte elevação e atingiu o valor de R$ 910,73, o maior de toda a sua série histórica iniciada em 1995”, destaca o coordenador da pesquisa, acrescentando que, quando comparado com o mês anterior (janeiro/2021), o preço da cesta apresentou um aumento de 4,44%, passando de R$ 872,01 para R$ 910,73, ou seja, R$ 38,72 a mais.

Cebola a vilã – Dos 34 itens pesquisados na cesta básica sorocabana, 17 deles apresentaram aumento no preço num mês mais curto, com apenas 28 dias. Entre os itens que apontaram maior aumento, está a cebola (26,5%), passando de R$ 4,80/Kg em janeiro para R$ 6,07/Kg em fevereiro. Após sete quedas de preço seguidas, ela voltou a subir em dezembro e não parou mais; já são três altas consecutivas. O principal motivo apontado seria a queda na oferta devido às condições climáticas mais adversas durante o período de desenvolvimento do bulbo.

Em seguida, aparece a carne de 1ª (18,9%), passando de R$ 33,99/Kg para R$ 40,42/Kg – vários fatores contribuíram para isso, entre eles o aumento do custo da ração, puxada pelo aumento do preço da soja e do milho; o aumento das exportações para a China, o que reduziu a oferta de carne no mercado interno, e a oferta restrita do gado para o abate -. Tais motivos também explicam a alta verificada na carne de 2ª, que foi o quarto item que mais subiu. Em terceiro lugar, está a muçarela fatiada (12,1%), passando de R$ 43,58/Kg para R$ 48,86/Kg – o decreto estadual, que começou a vigorar em 15 de janeiro e que reduziu a base de cálculo do ICMS para a muçarela também, ao que tudo indica parece ter sido fator significativo para explicar a alta desse tipo de queijo.

Outro item que apresentou forte aumento de preço foi o açúcar refinado (4,5%), cotado a R$ 3,09/Kg em fevereiro ante R$ 2,96/Kg em janeiro. O aumento do preço do açúcar no mercado internacional, aliado a uma taxa de câmbio mais depreciada, incentivou os produtores a direcionarem parte significativa da sua produção ao mercado externo, sustentando, assim, o preço do açúcar no mercado doméstico.

Por outro lado, o item que apresentou a maior queda de preço foi a batata (-9,9%), passando de R$ 6,52/Kg para R$ 5,87/Kg.  O alho também está entre os produtos que registraram maiores quedas (-4,8%), passando de R$ 5,65/200gr para R$ 5,38/200gr. Com esse resultado, o preço do bulbo reverteu parte da forte alta que havia registrado no mês anterior, quando ocupou a segunda posição entre os itens que mais subiram.

Fonte: Diário de Sorocaba

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