O índice larvário do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue e de outras doenças, aumentou 325% em Sorocaba. Em outubro do ano passado, por exemplo, equipes da Zoonoses registraram dois recipientes ativos com larvas a cada dez casas vistoriadas. Agora, em janeiro, o número cresceu para 8,5 pontos de contaminação.
De acordo com a Zoonoses, uma das possíveis explicações para o crescimento são as chuvas frequentes e o aumento da temperatura. “O índice anterior é de outubro, época não chuvosa. Além disso, é comum que o descuido da população com os recipientes, neste período, seja maior, consequentemente, a proliferação do mosquito transmissor de arboviroses também”, acrescenta o órgão, em nota.
A medição aponta o risco de contágio em determinada região. Conforme o levantamento larvário de janeiro, a área Centro/Norte apresentou o maior índice. Entre os bairros, se destacam a Vila Fiori, Mineirão, Angélica, Maria do Carmo e Nova Sorocaba.
Embora o assunto seja antigo, a dengue voltou a ser uma preocupação no município, após um novo pico da doença no ano passado. Em 2024, mais de 46 mil casos foram registrados e 48 sorocabanos perderam a vida em razão da arbovirose, ultrapassando a marca histórica de 2015. Já neste ano, até o momento, são 520 casos confirmados, sendo 463 contraídos no município, 54 importados e três indeterminados. Em relação às mortes, apenas uma foi confirmada em janeiro.
Recomendações
Neste cenário, a Zoonoses reitera a importância da verificação do imóvel pelos moradores pelo menos uma vez por semana em busca de criadouros para quebrar o ciclo do mosquito. Desta forma, é possível evitar a proliferação e a transmissão de dengue. “As equipes têm intensificado as ações, principalmente o controle de criadouros e a nebulização para combater o mosquito transmissor da dengue”, garante o órgão. Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul