Isso significa que são 66,64 diagnóstico em cada grupo de 100 mil mulheres e segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o agravante é que na maioria dos casos, a identificação ocorre já em estágios avançados. Por isso, é fundamental diagnosticar a doença mais cedo, exatamente o que a IA pode fazer.
Câncer de mama se torna mais letal quando diagnosticado em estágio avançado (Imagem: Vink Fan/Shutterstock)
IA permite antecipar, em até 16
semanas o diagnóstico de câncer
Os exames de sangue tradicionais são analisados com base em parâmetros lineares e fixos, o que pode ser insuficiente para identificar doenças complexas como o câncer, que envolvem processos biológicos não lineares. Já o uso de inteligência artificial permite identificar padrões complexos nas células sanguíneas associados ao câncer de mama.
O desenvolvimento da tecnologia foi resultado de uma colaboração da startup Huna com pesquisadores, médicos oncologistas e profissionais de saúde. Um estudo analisou quase 400 mil hemogramas de mulheres entre 40 e 70 anos, coletados nos últimos 20 anos em oito estados brasileiros. A IA identificou um grupo de pacientes com mais probabilidade de estarem com câncer, indicando que a ferramenta pode aprimorar a identificação de mulheres em maior risco e aumentar as chances de detecção precoce da doença.
É importante destacar que a ferramenta não tem como objetivo substituir exames convencionais, mas sim criar um indicador de risco para o câncer de mama. A inteligência artificial permite a realização de uma triagem otimizada das pacientes a partir de um exame rápido e acessível. De acordo com os primeiros resultados, a tecnologia que desenvolvemos permite antecipar, em média, até 16 semanas o diagnóstico de câncer, aumentando em até três vezes as chances de detecção precoce. No caso do câncer de mama, a chance de cura ultrapassa 90% quando diagnosticado nas fases iniciais. Fonte: https://olhardigital.com.br/