Em audiência com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente do Confea, Joel Krüger, conselheiros federais e representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua discutiram sobre o aprimoramento da formação e o exercício profissional dos engenheiros, agrônomos e geocientistas.
Na ocasião, o ministro sinalizou que firmará acordo de cooperação técnica com o Conselho, com objetivo de articular e de capilarizar a capacidade de apoiar as ações de monitoramento das Instituições de Ensino, conforme previsto no Decreto Federal nº 9.235/2017, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino.
Segundo o coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional do Confea (Ceap), eng. agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, “explicitamos ao ministro, aos secretários Nacionais de Ensino Superior (SESU) e de Regulação do Ensino Superior (SERES) e ao presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) as principais questões que causam clamor no Sistema Confea/Crea. Entre essas estão: a preocupação com a qualidade do ensino presencial afetada pela proliferação de Cursos e pela pulverização de títulos nas áreas da Engenharia, da Agronomia e das Geociências; a vulgarização e o mau uso do Ensino à Distância (EaD) – também conhecido como Ensino Mediado por Tecnologia-, e a necessidade de se respeitar os limites da formação quando da concessão de atribuições às profissões regulamentadas por lei”. “Não podemos tolerar a simples diplomação, é fundamental que busquemos a sólida formação profissional” enfatizou Lucchesi.
De acordo com o assessor parlamentar do Confea, Guilherme Cardozo, o ministro abriu as portas para que o Confea participe das comissões técnicas afetas às áreas abrangidas pelo Sistema, principalmente no Inep. “O Confea já participa de comissões no Conselho Nacional de Educação (CNE), mas ainda não no Inep”, explicou Cardozo, antes de pontuar que o próximo passo é realizar reuniões no Instituto para consolidar essa parceria. As comissões técnicas contribuem, com um olhar externo, com o assessoramento do Inep em processos de avaliação do Sistema Educacional Brasileiro.
Durante a reunião, Krüger ressaltou, ainda, o trabalho desenvolvido pelo Confea no âmbito da certificação profissional. Na Sessão Plenária de dezembro último, os conselheiros federais aprovaram o relatório da Comissão Temática Certificação de Profissionais do Grupo Agronomia (CTCPA), responsável por definir critérios para reconhecimento profissional, em conjunto com a Sociedade Americana de Agronomia (ASA, na sigla em inglês).
Agronegócio na educação
Presente à reunião, o presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), eng. agr. Kleber Santos, ofereceu colaboração no desenvolvimento de material didático referente ao agronegócio brasileiro. A proposta é inserir conteúdos sobre a realidade do setor no currículo da educação básica, como aqueles referentes aos avanços tecnológicos conquistados, às políticas agrícolas, à sustentabilidade e à segurança alimentar. “A sociedade brasileira, inclusive urbana, precisa conhecer a realidade do agronegócio, que sustenta boa parte da economia brasileira”, registra o ofício entregue ao ministro na ocasião.
Além do presidente Krüger e do ministro Ribeiro, participaram da audiência no MEC os conselheiros federais eng. agr. Luiz Antonio Lucchesi (coordenador da Ceap); o eng. eletric. Jorge Bitencourt (vice-coordenador da Ceap); o ex-vice-presidente do Confea, o eng. civ. Osmar Barros Júnior; o presidente da Confaeab, eng. agr. Kleber Souza Santos ; a gerente de Relacionamentos Institucionais, Fabyola Resende; e o assessor parlamentar Guilherme Cardozo. Pelo MEC, além do ministro da Educação, Milton Ribeiro, também estavam presentes o presidente do Inep, Alexandre Lopes; o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação, Danilo Dupas; e o secretário-adjunto de Educação Superior do Ministério, Tomas Dias.
Fonte: Confea