Níveis de mananciais que abastece Sorocaba preocupam

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Níveis de mananciais que abastece Sorocaba preocupam

Os níveis dos mananciais que abastecem Sorocaba seguem em declínio. Segundo dados do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade, o Sistema Castelinho/Ferraz opera com 55% de sua capacidade e o Sistema Ipaneminha, com 70%. Porém, no último dia 14 de julho, reportagem do jornal Cruzeiro do Sul mostrou que os sistemas estavam respectivamente com 58% e 80% de suas capacidades.

Os dados mostram que o Castelinho/Ferraz diminuiu 3% desde então e o Ipaneminha caiu mais: 10%. Ontem, o Cruzeiro do Sul também mostrou que a represa de Itupararanga chegou no nível mais baixo de 2021: 29,87% do volume útil. A represa de Itupararanga abastece 85% da cidade de Sorocaba, além de outros municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Além disso, a reportagem também constatou que o rio Sorocaba já apresenta em alguns trechos níveis mais baixos, mostrando que a estiagem afeta os mananciais da cidade.

No entanto, no momento, o Saae Sorocaba informa que não há previsão de nenhum tipo de restrição no sistema de abastecimento da cidade, mesmo com a expectativa de chuvas abaixo da média para os próximos meses. “O Saae mantém o acompanhamento diário dos níveis dos mananciais que atendem ao município e está 100% preparado para enfrentar o período de estiagem”, ressalta.

O Saae informa também já capta água do Rio Sorocaba, por meio da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) Vitória Régia, inaugurada no último dia 23 de julho. Essa unidade está operando com captação de 200 litros de água por segundo e, em pleno funcionamento, terá capacidade para produzir 750 l/s de água tratada, com possibilidade de duplicar esse volume em uma segunda etapa, conforme demanda.

O Saae explica que a ETA Vitória Régia é importante alternativa às adutoras que trazem água da represa de Itupararanga, pois permite que Sorocaba fique mais independente desse manancial, bem como para abastecer toda a cidade, graças à implantação de 10 quilômetros de novas adutoras, interligando cinco Centros de Distribuição.

RMS tem racionamento

Pelo menos três cidades da RMS já estão fazendo rodízio no fornecimento de água para a população: Itu, Salto e Tietê.

Em Itu, a Companhia Ituana de Saneamento (CIS) informa que o racionamento começou no último dia 6 de julho, ou seja, há quase um mês. A CIS destaca que o estado de São Paulo vivencia um alerta inédito de emergência hídrica que afeta não só o abastecimento de água como também o fornecimento de energia elétrica. “O déficit de chuvas é considerado severo e especialistas definem o momento como a pior seca em 91 anos. Neste contexto, o sistema de rodízio de abastecimento de água corrobora com as ações de preservação dos mananciais que abastecem a cidade, já adotadas pela autarquia desde o início de maio”, aponta.

Em Salto, no mês passado, estava na fase azul do Plano de Rodízio e Racionamento de água (36 horas com abastecimento e 12 horas sem). Porém, na terça-feira (3), o Saae de Salto informou que retomou o racionamento de água ontem (4). “As chuvas da semana passada aliviaram o sistema de captação e permitiu suspender o racionamento entre sexta (30) até a última terça. A retomada do racionamento, nos mesmos moldes, visa evitar maior agravamento do atendimento da população”, informa.

O Saae de Salto informa ainda que a situação de fiscalização e combate ao desperdício de água no município permanece. “Seguem a monitoração dos níveis dos ribeirões Buru e Piraí e as medidas para funcionamento do sistema, evitando desperdícios para atender a população”, destaca.

E em Tietê, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgotos (Samae) anunciou o racionamento de água a partir da última segunda (2), em caráter emergencial e experimental. “De imediato a medida será adotada nos Sistemas de Abastecimento Central e São Pedro”, informa o Samae.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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