Para o Comitê, retomar o volume padrão de água é um desafio grande, mas não impossível. “Na nossa região, as mudanças climáticas deverão aumentar o período de estiagem. Ao mesmo tempo, as chuvas ficarão mais intensas. Nesta situação, para evitar novos problemas, devemos investir em reservação de água. Para isso, os municípios devem fazer recuperação de áreas de vegetação e nascentes, além de investir em mecanismo de reserva ou reúso de água, como as cisternas”, analisou.
Conforme informou a Prefeitura de Sorocaba, os mananciais ainda estão em condição de recuperação dos seus níveis, sobretudo a represa de Itupararanga, porém a “situação constatada ainda não é o suficiente para conferir a segurança hídrica adequada”. Já, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) comunicou que ontem (1º), os sistemas Ferraz/Castelinho e Ipaneminha operavam com 100% de seus volumes.
No período entre 29 de janeiro e 1º de fevereiro, o volume útil da Itupararanga subiu de 32,09% para 34,84%, segundo dados da Votorantim Energia, empresa responsável pelo reservatório. Mesmo com o crescimento gradativo do manancial, o nível ainda está longe de ser considerado o ideal, que é de 52,95% — dentro da faixa de operação da usina, mas abaixo da Média de Longo Termo (MLT). Em 2022, o pior índice registrado foi no dia 1º de janeiro, com 19,91%. Já no ano passado, a menor marcação foi em 13 de dezembro, com 18,96%. Salto também não suspenderá o racionamento até o dia 28 de fevereiro.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul