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Starlink recebe autorização para lançar novo serviço no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) homologou oficialmente a antena Starlink Mini, liberando sua comercialização em território brasileiro. Com isso, a empresa de internet via satélite de Elon Musk está autorizada a oferecer o equipamento no país — marcando a estreia oficial do modelo compacto por aqui. A expectativa é que as vendas comecem em breve, inicialmente com o plano Viagem (Roam), que oferece conectividade em qualquer local, mesmo em movimento.
Ideal para usuários que viajam com frequência ou vivem em regiões remotas, o plano permite acesso à internet onde quer que haja visada para o céu, sem depender de infraestrutura fixa. Embora a Starlink não possua assessoria de imprensa no Brasil, a homologação do modelo já indica que a chegada ao mercado está próxima.
Starlink Mini é uma versão mais leve e portátil da tradicional antena da empresa. Com apenas 900 gramas e dimensões semelhantes às de um notebook (30 x 25 x 3,8 cm), ela promete facilitar o transporte e a instalação, sem abrir mão da performance. O equipamento oferece suporte a Wi-Fi 5 (ac) e tecnologia 3×3 MIMO, que melhora a taxa de transmissão de dados, proporcionando uma conexão mais estável e veloz.
Segundo o manual disponibilizado pela Anatel, o modelo homologado — identificado como UTA-231 — é projetado para uso externo e resiste a temperaturas entre -30 °C e 50 °C, com umidade relativa de até 90%. As unidades destinadas ao mercado brasileiro serão produzidas nas fábricas da Starlink na Califórnia e no Texas, nos Estados Unidos.
O plano Viagem, que será comercializado junto à antena Mini, terá mensalidade de R$ 576, sem limite de dados — um diferencial importante para quem precisa de conexão contínua. Para efeito de comparação, o plano residencial da Starlink no Brasil custa R$ 236 por mês, também com dados ilimitados. Além da liberação da antena portátil, a Anatel também aprovou nesta semana a expansão da constelação de satélites da Starlink no Brasil.
Com a nova decisão, a empresa poderá operar até 7.500 satélites no país — número bem superior aos 4.400 atualmente autorizados até 2027. Apesar da autorização, a agência reguladora fez um alerta: será necessário revisar as regras que regem os satélites não geoestacionários, tecnologia usada pela Starlink para oferecer internet de alta velocidade em áreas de difícil acesso. A discussão sobre a regulamentação deve ganhar força nos próximos anos, especialmente com o avanço da conectividade via satélite no Brasil.

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