As medidas determinadas pelo Comitê começaram a ser colocadas em prática pela Votorantim Energia já na semana passada, e envolvem várias outras ações. A própria empresa já havia implantado outras medidas, desde dezembro do ano passado, por conta da falta de chuvas na região. Na avaliação do vice-presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica de Sorocaba e Médio Tietê e coordenador da Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, André Cordeiro Alves dos Santos, as primeiras medidas tiveram um resultado positivo, apesar do índice do reservatório ter caído mais um pouco.
André disse que a primeira redução de vazão defluente para o reservatório de Itupararanga e o monitoramento de lançamentos de efluentes nas cidades de Sorocaba e Votorantim trouxe uma preocupação com o rio Sorocaba na questão de uma possível piora da qualidade de sua água. “Houve uma situação mais pontual de piora da qualidade do rio Sorocaba, próximo ao rio Pirajibu, que é um dos afluentes do rio Sorocaba. E como o Saae Sorocaba passou a captar água direto do rio, com a inauguração da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Vitória Régia, a autarquia informou que realizou uma mudança no sistema de tratamento para compensar a piora da qualidade nessa situação”, disse o vice-presidente do Comitê.
André disse ainda que, até por conta da questão da qualidade do rio Sorocaba, a nova redução de vazão defluente para o reservatório de Itupararanga foi um pouco menor do que a inicialmente estabelecida no documento, para evitar que haja prejuízos para o rio. “Temos que adiar o máximo possível o esvaziamento da represa de Itupararanga para tentar amenizar a situação, evitar que mais cidades da RMS iniciem racionamentos no fornecimento de água, e tentar recuperar o quanto antes o nível do reservatório”, afirma.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul