Assembleia do ONU-Habitat encerra com resoluções sobre urbanização sustentável

Após os cinco dias de reunião, delegações presentes assinam Declaração reconhecendo os desafios e oportunidades da urbanização global

 

A primeira Assembleia Global do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), que aconteceu do dia 27 a 31 e maio em Nairóbi, no Quênia, concluiu com um Declaração Ministral reconhecendo os desafios e oportunidades da urbanização global.

O documento foi assinado pelas delegações de 127 países, quatro chefes de Estado e de governo e 49 ministros presentes no evento.

A reunião confirmou que a segunda sessão da Assembleia do ONU-Habitat, que será realizada a cada quatro anos, ocorrerá de 5 a 9 de junho de 2023.

No final da Assembleia, os delegados adotaram cinco resoluções cobrindo uma série de tópicos, incluindo: cidades mais seguras; capacitação para implementação da Nova Agenda Urbana; alcançar a igualdade de gênero através do trabalho do ONU-Habitat para apoiar cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; aprimorando ligações urbanas rurais para a urbanização sustentável; e o Plano Estratégico do ONU-Habitat 2020-2023.

Segundo a Declaração, os ministros “reconhecem e apoiam totalmente o papel e a perícia do ONU-Habitat como ponto focal de urbanização sustentável e assentamentos humanos e como um centro de excelência e inovação”. O documento reconhece que o aumento da urbanização constitui um desafio e uma oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável. Isso exige a promoção de padrões sustentáveis de consumo e produção através de vários métodos, como tecnologias inteligentes, estilos de vida sustentáveis e eficiência de recursos, para alcançar uma urbanização sustentável nos moldes do Plano Estratégico 2020-2023.

Na sessão de encerramento, a diretora-executiva do ONU-Habitat, Maimunah Mohd Sharif, afirmou que todos os delegados compartilhavam o objetivo comum de melhorar as cidades e comunidades. “As questões que simbolizam a nossa luta comum e que nos unem, seja a pobreza extrema, as desigualdades, as favelas, a exclusão social e a marginalização, a discriminação baseada no gênero, as crises humanitárias, os conflitos, as mudanças climáticas ou o desemprego elevado merecem mais atenção do que nossas diferenças”, disse ela.

O tema geral da Assembleia, “Inovação para uma melhor qualidade de vida nas cidades e comunidades”, foi refletido nas atividades ao longo da semana, tanto através do Diálogo Estratégico de Alto Nível quanto dos 90 expositores de soluções globais para a desafios urbanos. Entre es inovações, foi apresentado um jogo de computador Minecraft para cidades reciclarem resíduos de alimentos e transformá-los em combustível, além de usar dados espaciais para responder com eficácia a incidentes urbanos.

Além disso, durante a Conferência de Compromisso e Promessas, na quarta-feira, o destino de 21 milhões de dólares foi aprovado para promover cidades sustentáveis em 21 países como China, Colômbia, República Democrática do Congo, França, Gâmbia, Alemanha, Gana, Índia, Japão, Quênia, Madagascar, Malawi, Marrocos, Nigéria, Noruega, Polônia, África do Sul, Sudão do Sul, Suécia, Suíça e Zâmbia.

O Escritório das Nações Unidas em Nairóbi realizou 57 eventos paralelos à Assembleia e quase 30 eventos no centro da cidade, abertos ao público. Houve também diferentes atividades em alguns assentamentos informais na capital queniana, onde cerca de 70% da população da cidade reside, no desejo de levar o evento para os bairros mais desfavorecidos.

Mais de um terço dos 2.900 delegados presentes vieram de governos nacionais, juntamente com 129 membros de governos locais, incluindo mais de 60 prefeitos, e cerca de 470 ONGs, representantes acadêmicos e do setor privado. O número total de participantes, incluindo técnicos, funcionários das Nações Unidas e animadores, chegou a mais de 3.900 pessoas.

 

Fonte: CAU/BR

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