No Brasil não há previsão da chegada dessa tecnologia. Por aqui, a Starlink vai continuar operando apenas em residências, principalmente aquelas que ficam em zonas rurais. O Brasil, aliás, ainda nem tem esse tipo de conexão autorizada. Nós utilizamos apenas antenas ou cabeamento (no caso do wi-fi) para levar internet para os celulares – e não satélites.
A Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) até promoveu alguns testes da nova tecnologia. Eles, no entanto, não foram pra frente. Pelo menos não por enquanto, mas o Brasil tem uma posição geográfica estratégica para a Starlink.
A Starlink e o Brasil
Esses testes ocorreram em março deste ano, no estado do Maranhão, e envolveram as operadoras Claro e Lynk. De acordo com a Anatel, foi possível realizar “conexões estáveis” de voz e dados em áreas sem cobertura de antenas de telefonia. A agência, porém, não se manifestou mais sobre o assunto. A conexão direta entre satélites e celulares recebe o nome de D2D: Direct to Device e não é oferecida comercialmente no Brasil.
Por aqui, a conexão é feita por meio de antenas que transmitem sinais de rádio, que são recebidos pelos aparelhos. Funciona assim com o 3, o 4 ou o 5G. Agora, enquanto a Starlink não dá o próximo passo por aqui nesse aspecto, a empresa trabalha em outras frentes. A companhia, por exemplo, acaba de obter autorização da Anatel para aumentar o número de satélites em operação, o que foi uma grande vitória.
A empresa de Elon Musk começou a operar no Brasil em 2022 e rapidamente se tornou líder no segmento de internet via satélite. Em 22, a Starlink lançou 4,4 mil satélites no Brasil, com autorização da Anatel e esse número acaba de subir para 11,9 mil, com os novos 7,5 mil autorizados.

Os testes na gringa
Como dissemos acima, a Starlink começou a liberar, em caráter de testes, a conexão para clientes móveis dos EUA apenas. Assinantes das principais operadoras do país (T-Mobile, AT&T e Verizon) participam dos experimentos, gratuitos ou pagos. Alguns estão enviando SMS em áreas fora da cobertura de antenas convencionais.
Outros conseguem ir além. A ideia é expandir para outros serviços, como voz e dados. As primeiras experiências foram bem-sucedidas. Vale destacar que a conexão com satélites funciona apenas com smartphones mais avançados que suportam a tecnologia. São os casos dos iphones (do 14 para cima), do Samsung Galaxy S21 (ou superiores), além de alguns Motorolas (incluindo a linha G, Edge e Razr mais atuais). Fonte: https://olhardigital.com.br/