Essa peculiar característica, chamada piezoeletricidade, que envolve a geração de uma carga elétrica quando certos materiais são deformados, foi explorada por Jiang, que fez um tratamento químico nas esponjas secas, removendo a lignina e a hemicelulose, dois polímeros de sua estrutura, e deixando apenas a celulose cristalina.
Ao comprimir manualmente uma seção de 6 milímetros de espessura dessa esponja, ela gerou até 8 nanoamperes de eletricidade, e quando integrada a um circuito elétrico com capacitores para armazenar energia proveniente das compressões, a bucha geradora de energia foi capaz de alimentar seis LEDs.
O pesquisador argumenta que as buchas naturais por si só podem ser uma maneira ecologicamente correta e econômica de gerar energia para uma variedade de dispositivos pequenos. Além disso, elas têm o potencial de inspirar o desenvolvimento de uma alternativa artificial mais fácil de produzir e, eventualmente, com melhor desempenho. “Para carregar um celular, precisaríamos de um pedaço maior de esponja de lufa, o que pode não ser muito prático no momento,” admitiu Jianxiang Wang, membro da equipe. “Mas, se alguém puder criar uma bucha artificial, uma lufa feita pelo homem que imite a microestrutura, as propriedades químicas e as propriedades físicas da bucha natural, então talvez possamos aumentar a quantidade de eletricidade produzida. Isso pode servir de inspiração para outros projetos”.
Fonte: https://engenhariae.com.br