Passe livre e tarifas de transporte público foram temas centrais da reunião promovida pela Comissão de Mobilidade Urbana do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), de São Paulo. Com a presença de convidados da área acadêmica, ativistas e da iniciativa privada o encontro foi realizado na sede do CAU-SP. A arquiteta Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design (FAU-USP), criticou o descaso com os transportes públicos, reforçando que são o principal meio de transporte da população de baixa renda, lembrando os transtornos com a lotação dos veículos a pandemia da Covid-19.
A integrante do Comitê Contra Aumento de Passagens, Giovanna de Oliveira Santos, destacou o exemplo de São Caetano que, em 2023, adotou o sistema de passe livre no transporte público em todos os dias da semana. O assessor parlamentar Rafael Calábria (Ex-Membro do Fórum de Mobilidade do Ministério das Cidades), chamou a atenção para o fato de que o sistema de transporte público não é exatamente rentável para as concessionárias, o que gera a necessidade de uma série de intervenções de políticas públicas de mobilidade.
A este respeito, destacou as empresas concessionárias costumam reduzir a oferta de transporte em áreas de menor demanda, deixando áreas das cidades com menor cobertura para este serviço.
Luiz Carlos Néspoli, Superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), se concentrou sobre a estrutura de custos do setor de transporte público, em sua maior parte composta de mão-de-obra (50%) e gastos com combustível (40%).
Com eventos, como esse, a comissão tem por objetivo incorporar conteúdo e referências para novas ações e projetos. Neste sentido, a CMU deve fazer novos convites para especialistas e demais profissionais para suas próximas reuniões ordinárias. Fonte: CAU-SP>