Com 30.273 novos profissionais inscritos desde março deste ano, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), atingiu, na última quarta-feira (6), a marca de 1.108.569 de profissionais ativos, divididos entre engenheiros, agrônomos, arquitetos, geólogos, geógrafos, meteorologistas e tecnólogos. Para se ter uma ideia da representatividade desses números, o volume de profissionais que o órgão representa pode ser comparado as populações de cidades como Maceió (AL) ou São Luiz (MA) e um orçamento superior a maioria dos municípios brasileiros.
Desse total, pouco mais de 9.300 registros são de profissionais de Sorocaba (residentes quando efetuaram a inscrição na entidade). Esse número pode ser maior porque podem existir profissionais que não atualizaram seus dados junto aos Creas quando se mudaram de Sorocaba para outras cidades ou países ou, os que fizeram o caminho inverso.
O primeiro registro de um profissional de Sorocaba no Confea foi de Paulo Franco de Souza, registrado no Crea-RJ em 2 de dezembro de 1948. Nascido em 1922 e falecido em 2019, Paulo era natural de Macaíba (RN), se formou engenheiro civil na Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais em 1948 e seu último endereço registrado no Crea era em Sorocaba.
A engenheira civil Heloisa Helena Schmidt Migues foi a primeira mulher de Sorocaba registrada no Confea. Formada pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie em 1976 e registrada no Crea-SP no mesmo ano, Heloísa nasceu em São Paulo em 1952.
Os números que envolvem o sistema Confea/Creas se equiparam a um município de porte médio para grande e administrar uma entidade com números tão expressivos é um desafio e tanto. Esta missão está a cargo do engenheiro civil Joel Krüger, que cumpre mais um mandato a frente da expressiva entidade.
O volume de profissionais que o Confea representa é superior a população de grandes cidades brasileiras, incluindo capitais como Maceió, que segundo dados do último censo do IBGE tem aproximadamente 1 milhão de habitantes ou de São Luiz, com população projetada em 1,06 milhão de moradores.
Do total de inscritos no Confea, profissionais do gênero masculino representam a maioria absoluta, com aproximadamente 793.000 inscritos. Detentor da maior população do Brasil, São Paulo também é o líder dos inscritos no Confea, com pouco mais 300.000, dos quais 44.674 mulheres. Os estados onde a diferença de gêneros é menos expressiva são Acre e Roraima. No primeiro são 1.517 masculino e 554 feminino (27,4%), enquanto que as representantes do gênero feminino representam 51,5 % dos inscritos (348 a 676).
Curiosidades
***O primeiro engenheiro civil conhecido na história da humanidade foi Imhotep, um dos funcionários do faraó Djoser. Provavelmente foi ele que, por volta de 2.611 a 2.630 a.C, projetou e supervisionou a construção da Pirâmide de Djoser, de degraus em Sacará.
***O primeiro engenheiro brasileiro foi André Pinto Rebouças. O grande engenheiro do Império, foi também o primeiro negro brasileiro a se formar em engenharia e chegar a professor catedrático. Ele nasceu na cidade de Cachoeira na Bahia, em 1838, e integrava uma família de sete irmãos.
Em 1871, André e seu irmão Antônio, também engenheiro, apresentaram ao Imperador D. Pedro II o projeto da estrada de ferro ligando a cidade de Curitiba ao litoral do Paraná, na cidade de Antonina. Na execução do projeto, o trajeto foi alterado para o porto de Paranaguá.
*** O primeiro registro de profissional computado no Sistema Confea/Crea foi do engenheiro civil Paulo Muller de Aguiar, formado pela Faculdade de Engenharia do Paraná, em 1936 e registrado no ano seguinte no Crea-PR. Natural do Rio de Janeiro, Paulo nasceu em 1916 e faleceu em 2018.
*** Leda Mattos dos Reis, engenheira civil formada pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, em 1938, foi a primeira mulher registrada no Sistema Confea/Crea, no Crea-RJ em 1939. Nascida em 1916 no Rio de Janeiro, Leda faleceu em 2013.
O Confea
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia – Creas são autarquias que surgiram a partir do Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, e são responsáveis pela verificação, fiscalização e aperfeiçoamento do exercício e das atividades das áreas profissionais da engenharia, agronomia e geociências.