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Engenharia civil: Brasil terá o primeiro estádio em Light Steel Frame

A engenharia civil tem evoluído muito nos últimos anos. Vários desses avanços tecnológicos já foram amplamente divulgados pela midia nacional, a exemplo do sistema Light Steel Frame (técnica à base de aço galvanizado, capaz de substituir as tradicionais construções de concreto, blocos e tijolos). Esse modelo de construção foi justamente a aposta de solução que a Red Bull, conhecida mundialmente por apoiar esportes e desafiar limites, fez para o estádio de futebol do Bragantino, em Bragança Paulista (SP).
Trata-se do primeiro estádio 100% em Light Steel Frame no país, um projeto audacioso liderado pela empresa SteelCorp, referência em construção industrializada, e já é considerado um dos melhores exemplos de arquitetura esportiva do Brasil, destacando a importância da sustentabilidade e da eficiência na engenharia.

estádio em Light Steel Frame

                              Imagem divulgação via Futebol Interior

O que é Light Steel Frame e quais suas vantagens

O Light Steel Frame (LSF) é um sistema construtivo que utiliza perfis de aço galvanizado leve pré-fabricados para a montagem de estruturas de edifícios. Sua principal vantagem é a redução no tempo de obra, seguida da redução de desperdícios e geração de entulho – sem contar que pode fazer uso de materiais recicláveis. No fim, têm-se obras flexíveis, permitindo adaptações durante a execução (com áreas adicionadas conforme necessário), e resistentes, mas muito mais leves do que aquelas erguidas em concreto ou alvenaria.

estádio em Light Steel FrameImagem divulgação via IstoÉ Dinheiro

A proposta para o novo estádio Red Bull Bragantino

Esse novo estádio para o Bragantino proposto pela Red Bull foi pensado para ser uma estrutura provisória (ou talvez não, você vai entender daqui a pouco). A intenção é que ele possa receber até 10 mil espectadores – uma solução para as temporadas de 2025 e 2026, enquanto o atual Nabi Abi Chedid passa por reformas para se tornar uma arena moderna com mais de 20 mil lugares.
O interessante é que essa obra já começou sem um projeto totalmente finalizado. Enquanto as arquibancadas foram inicialmente planejadas, outros setores, como camarotes e áreas VIP, torres de câmeras, lanchonetes e outros espaços complementares, só foram desenvolvidos durante a execução da obra. Isso só prova que tal metodologia de engenharia, Steel Frame, é mesmo ágil e adaptativa.
O presidente da SteelCorp, Daniel Gispert, chegou a comparar o andar da construção do estádio do Bragantino com o famoso salto de Felix Baumgartner de 39 mil metros de altura. Ele afirmou: “A gente pulou de um avião sem paraquedas. Construímos o paraquedas durante a queda.”. Mas isso meio que combina com a filosofia da Red Bull sobre correr riscos e se aventurar em territórios desconhecidos.

estádio em Light Steel Frame                                                         Imagem reproduzida de Lance!

Certamente, a SteelCorp está lidando bem com o desafio com sua vasta experiência, já tendo participado de projetos como a Arena MRV, do Atlético Mineiro, além de centros de treinamento de diversos clubes.

O legado para Bragança Paulista

A Red Bull garante que esse projeto conduzido com a SteelCorp deve deixar um legado positivo para Bragança Paulista. Quando o estádio provisório deixar de ser usado, ele poderá ser mantido ou desmontado parcialmente, a depender do desejo da cidade. De todo modo, 100% dos materiais utilizados poderão ser reutilizados em futuras construções. Lembrando que os projetos em Light Steel Frame são sempre otimizados para evitar desperdícios.estádio em Light Steel Frame

Imagem reproduzida de Glob

Hoje, o foco da Red Bull é ajudar a comunidade local a melhorar a infraestrutura da cidade. Há uma preocupação muito grande com a sustentabilidade – fator que, inclusive, motivou a escolha do Steel Frame como sistema construtivo. Além das melhorias diretas em instalações esportivas, espera-se que a iniciativa crie novas oportunidades de trabalho; atraia visitantes, incentivando o turismo na região; e aumente a valorização das propriedades locais. Fonte: https://engenharia360.com

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