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Orçamento para 2021 é retirado da pauta de votação

O projeto de lei sobre o orçamento de 2021, de autoria da prefeita Jaqueline Coutinho (PSL), foi retirado da pauta da 36ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada ontem (25). A decisão pela retirada ocorreu após intenso debate sobre o tema, envolvendo possíveis inconsistências no texto, conforme apontado durante os trabalhos. O projeto, que já havia sido aprovado em primeira discussão, com 37 emendas, recebeu outras 352 emendas em segunda discussão. O texto estima a receita e fixa a despesa do Município de Sorocaba para o ano que vem. A previsão orçamentária é de R$ 3,069 bilhões.

Durante a sessão, foi pedido o arquivamento de 12 emendas, das quais quatro emendas — as de número 05, 06, 07 e 08 — transferiam um total de R$ 31,9 milhões de outras rubricas para formar a Reserva de Contingência com a qual deverão ser pagas as emendas impositivas dos vereadores. Conforma a Câmara, as fontes de recursos de três dessas emendas eram as secretarias de Educação (R$ 10,9 milhões), Saúde (R$ 15,9 milhões) e Serviços Públicos e Obras (R$ 3 milhões), o que motivou críticas por parte de vereadores. Já as demais emendas com pedido de retirada apenas corrigiam o número das rubricas.

O clima esquentou após o vereador Hudson Pessini (MDB) usar a tribuna para tratar da questão, como presidente da Comissão de Economia. O tom subiu. “Por que, então, essa Comissão de Economia, colocou em votação um orçamento todo errado? Para dar esse problema aqui, agora?”, questionou Irineu de Toledo (Republicanos). “Por que ela — a comissão — permitiu que a gente votasse, em primeira discussão, um orçamento todo ruim, todo esculhambado?”, emendou com um novo questionamento. Pessini replicou e disse que a tramitação faz parte de protocolos.

O debate seguiu, com intervenções de Renan Santos (PDT). Hudson reclamou da ausência nos parlamentares em audiências públicas sobre o tema. “Não interessa”, respondeu Renan. “Quem não vem na audiência então não vota no orçamento?”, questionou Toledo. “Ninguém é obrigado a participar de audiência”, emendou o pastor. “Ah, pelo amor de Deus. Pare de hipocrisia também”, rebateu Pessini.

No auge da discussão, o presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB) suspendeu a sessão por cinco minutos, cortando o microfone da dupla. Na volta, Dini anunciou que iria submeter o projeto ao Jurídico da Casa para ele pudesse sair de pauta, retornando na semana que vem. Segundo ele, com isso, seriam sanados todos os problemas apontados. Um ofício também seria encaminhado para a Prefeitura para que ela se posicionasse sobre possíveis falhas no projeto. A iniciativa foi retirada de pauta com voto contrário de Anselmo Neto (Podemos). Até agora, são 389 emendas apresentadas para obras e serviços em diversas áreas, sendo que metade dos recursos tem como destino obrigatório a saúde.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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