Um novo modelo de Inteligência Artificial (IA) pode ajudar a combater a fibrilação atrial, doença cardíaca que afeta de 2 a 4% da população mundial. Atualmente, a IA passa por uma fase de testes, no entanto, os resultados preliminares são considerados promissores. Desenvolvida por cientistas e médicos da Universidade de Leeds e do Leeds Teaching Hospitals NHS Trust, ambos no Reino Unido, a ferramenta calcula o risco de um paciente desenvolver fibrilação atrial.
O mais impressionante é que isso acontece antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas. O algoritmo foi treinado para encontrar sinais de alerta que indicam que a pessoa corre risco de desenvolver a condição. Para isso, a tecnologia leva em conta uma série de fatores, como idade, sexo e etnia, sendo que além disso, calcula os riscos relacionados a problemas de saúde anteriores, incluindo insuficiência cardíaca, pressão alta, diabetes, doença cardíaca isquêmica e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Segundo os médicos, o uso da IA pode aumentar o número de pacientes diagnosticados com fibrilação atrial em estágio inicial. Isso é fundamental para que o tratamento comece o quanto antes, reduzindo os riscos relacionados à condição, como derrames.
A condição é uma arritmia cardíaca que se caracteriza por um ritmo irregular e acelerado dos batimentos cardíacos. Esta doença afeta os átrios, as cavidades superiores do coração, fazendo com que se contraiam sem ritmo. Os sintomas incluem palpitações, fraqueza, intolerância ao esforço, dispneia e pré-síncope. Ela pode causar complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e até alterações cognitivas.
Não existe uma cura para a fibrilação atrial. Mas alguns medicamentos podem deixá-la sob controle. Além disso, mudanças no estilo de vida podem reduzir as complicações. As mais indicadas são: praticar atividade física regularmente e manter boa alimentação. Evitar cigarro e uso excessivo de bebidas alcoólicas, frituras e açúcar também ajuda. Fonte: https://olhardigital.com.br